domingo, 28 de agosto de 2011

AMOR


"As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas.  Mas, afinal,  só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas. " Alvaro de Campos.

AMOR

De onde vem esta batida de coração
Este pulsar que enche os olhos d’água,
De onde vem esta sensação, esta emoção,
Este navegar em águas que me levam feito tábua.

De onde vem este amor que enche minha vida
Este sentimento que esclarece meu viver
E o que me resta a não ser ter parte dividida
Entre o que é meu e o que você escolher.

De onde vem tanta dor ou prazer
Tanto amor ao amanhecer, sem ao menos querer
E lá vai o coração a bater e se derreter,
Pois o calor de tanto me encanta sem eu nada poder fazer.

De onde vem este amor que faz querer o mar
Este louco dançar entre o que não me pertence e o que é só meu.
Este caminhar por entre o que não me deixa em paz e o que faz tanta falta
De onde vem tudo o que sinto agora, tão em mim mas não me pertence.

E lá vai o perdido coração, sorrindo de dor
E lá vai com ele o que você pedir pra vida me dar
E lá vai o que você escolher, pois o que quero é você.
E lá vai meu coração a brincar de amar.

                                 Marcelo Faleiros

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